À Falta de Profissionalismo e Suas Consequências
Muitos dos indivíduos que deveriam organizar os fatores de produção — capital, mão de obra e tecnologia — para a obtenção de lucro, são capazes de promover atos profissionalmente abomináveis. Esses ambiciosos e imoderados desprezam a importância de uma visão social, científica e tecnológica que compreenda as complexas relações entre ciência, tecnologia e sociedade.
Esses "exploradores da força da necessidade" — que se aproveitam da cumplicidade, muitas vezes inconsciente, de nosso povo menos esclarecido — demonstram profundo desrespeito pelos princípios de sustentabilidade. Por meio de propagandas que promovem produtos e serviços de baixa durabilidade e qualidade (a chamada obsolescência programada ou de pouca solidez, estrategicamente projetados para durarem pouco), eles causam prejuízos financeiros e/ou físicos a muitos de nós, os consumidores induzidos e seduzidos.
A Questão do Jovem Profissional
Jovem trabalhador, sua ignorância ou negligência também o faz produzir, comprar e vender sem se preocupar com a vida útil de produtos ou serviços? Se a cultura profissional que você preza se resume a uma "boa vida financeira" passageira, obtida ao manipular clientes ingênuos, saiba que você está em um caminho perigoso. Não se iluda: a cultura profissional que o valorizará de fato não se constrói sobre a fraude ou a sonegação. Ao aceitar fazer parte de um sistema que o comissiona para explorar a falta de educação e o desconhecimento, você se torna cúmplice de uma imperdoável indelicadeza. Essa grosseria — que é a exploração do outro para benefício próprio — prejudica a todos. Ela é o oposto do que significa ser um profissional verdadeiramente digno.

O texto aborda de forma crítica a conduta de indivíduos e empresas que, movidos por ambição excessiva, exploram a vulnerabilidade e a falta de informação de milhões de brasileiros. O autor descreve esses "ambiciosos imoderados" como agentes que promovem atos prejudiciais, desconsiderando a sustentabilidade e as complexas relações entre ciência, tecnologia e sociedade.
ResponderExcluirPrincipais Pontos do Texto
O texto pode ser dividido em algumas ideias centrais:
* Crítica à falta de sustentabilidade: O autor destaca que esses indivíduos e empresas agem de forma contrária às regras de sustentabilidade, que visam equilibrar necessidades econômicas, sociais e ambientais a longo prazo.
* Exploração e "deselegância": A "deselegância" mencionada não se refere apenas à falta de educação, mas a uma atitude exploradora que se manifesta de diversas formas. Essa exploração se aproveita da necessidade e da falta de conhecimento do povo, que acaba se tornando cúmplice, muitas vezes de forma inconsciente.
* Obsolescência programada e má-fé: O texto aponta para a prática de vender produtos e serviços de baixa qualidade ou com pouca vida útil. Essas estratégias, projetadas para durar pouco, geram prejuízos financeiros e até físicos para os consumidores, que são induzidos a comprá-los por meio de propagandas sedutoras.
* Indagação sobre a cultura profissional: O autor questiona a ética profissional, perguntando se a ignorância também motiva a compra e venda sem preocupação com a vida útil. A crítica se aprofunda ao questionar se a "cultura profissional" desses indivíduos se baseia na manipulação para obter ganhos financeiros rápidos, mesmo que isso resulte em clientes arrependidos.
* Sonegação e cúmplices: O trecho final aborda a sonegação e a mentalidade de "merecer" o que é obtido de forma ilícita. O autor conclui que a falta de educação e o desprezo pelo conhecimento tornam muitas pessoas, infelizmente, cúmplices dessa "maldita indelicadeza" que explora a falta de informação.
Em resumo, o texto é um desabafo apaixonado e uma crítica contundente à falta de ética no mercado e na sociedade. Ele denuncia a exploração de pessoas e recursos, a produção de itens de baixa qualidade e a cumplicidade que surge da falta de informação. A linguagem é forte e metafórica, utilizando termos como "semeadores da deselegância" e "ambiciosos imoderados" para expressar o descontentamento com essas práticas.