O Ciclo da Vulnerabilidade Familiar
Muitos jovens pais enfrentam uma carência fundamental: estão familiarmente desprovidos de valores morais, éticos e sociais. Estes são os valores essenciais que deveriam construir um ambiente de apoio, estabilidade emocional e comunicação aberta para seus filhos.
Além disso, são jovens educacionalmente pouco instruídos, o que limita sua capacidade de perceber a realidade de forma objetiva e coerente. Esta dupla vulnerabilidade – familiar e educacional – é a raiz do problema.
A Submissão ao Mercado Informal
Diante da falta de oportunidades para o desenvolvimento trabalhista profissional, e forçados a seguir o mesmo rastro de sobrevivência das gerações anteriores (pais, avós, bisavós, tataravós...), esses jovens se submetem ao mercado informal por força da necessidade.
Eles se dedicam à venda informal de produtos e serviços desqualificados ou, submetidos ao lado obscuro da informalidade, acabam se sujeitando a situações de risco imprevisível.
A Esperança e o Caminho do Estudo
Para nós, que vivemos a realidade da pobreza, o mais importante é a esperança. É vital que os nossos jovens – e também os de outras famílias – busquem um amanhã promissor.
Mesmo sobrevivendo em circunstâncias que chamamos de "fora de ordem", eles devem continuar a luta, trabalhando e estudando, por força da necessidade. Somente com esse esforço duplo conseguirão seguir adiante, subindo e alcançando novos degraus na escada da evolução da vida.
A Urgência da Educação Profissional
Neste contexto, a pública educação profissional surge como a chave. Ela deve atuar em comunhão com o conceito do "fora de ordem" — ou seja, a necessidade de trabalhar para poder estudar.
Através do Ministério da Educação, esta política profissionalizaria uma grande parte dos que realmente querem vencer na vida. Embora não alcance a totalidade dos casais pobres e carentes, seu impacto seria socialmente transformador.



